Na última divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a novembro de 2023, o cenário econômico revela uma taxa de inflação de 0,28%, marcando um aumento de 0,04 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esta elevação contribui para uma alta acumulada no ano de 4,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,68%, ainda que abaixo dos 4,82% observados no mesmo período do ano anterior.
Dentre os principais protagonistas dessa movimentação, o setor de Alimentação e Bebidas desponta, apresentando a maior variação (0,63%) e um impacto significativo de 0,13 ponto percentual. Habitação e Transportes também contribuíram para o resultado, com incrementos de 0,48% e 0,27%, respectivamente. Vale destacar que, dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram aumento de preços em novembro.
No âmbito regional, quatro áreas apresentaram variações negativas, com São Luís liderando a queda, influenciada pela diminuição de 3,92% nos preços da gasolina. Por outro lado, o Rio de Janeiro se destacou com a maior variação positiva (0,57%), impulsionada pelas altas nas passagens aéreas e na taxa de água e esgoto.
Análise Detalhada: Alimentação, Habitação e Transportes Sobressaem
O grupo Alimentação e Bebidas exerceu papel crucial na inflação de novembro, registrando um aumento de 0,63%. O segmento de alimentação no domicílio subiu 0,75%, impulsionado por altas expressivas em itens como cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%) e carnes (1,37%). Em contrapartida, tomate, cenoura e leite longa vida apresentaram quedas notáveis.
No setor de Habitação (0,48%), o destaque ficou para a elevação de 1,07% nos preços da energia elétrica residencial, impulsionada por reajustes em diversas regiões do país. O aumento de 0,29% no gás encanado também contribuiu para essa variação.
Já em Transportes (0,27%), a maior contribuição individual veio do aumento de 19,12% nos preços das passagens aéreas, enquanto os combustíveis apresentaram variações mistas, com alta no óleo diesel (0,87%) e no gás veicular (0,05%), e quedas na gasolina (-1,69%) e no etanol (-1,86%).
Esses dados reforçam a complexidade dos fatores que influenciam a dinâmica inflacionária brasileira, evidenciando a importância de análises detalhadas para compreender os impactos setoriais e regionais.
INPC Registra Alta de 0,10%: Consumidores de Baixa Renda Sentem Menor Pressão
Em paralelo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve uma alta de 0,10% em novembro, marcando uma desaceleração em relação ao mês anterior. Com uma perspectiva mais focada nas famílias de menor renda, o INPC acumula um aumento de 3,14% no ano e de 3,85% nos últimos 12 meses, abaixo dos 4,14% observados anteriormente.
No contexto do INPC, produtos alimentícios tiveram uma variação de 0,57% em novembro, enquanto produtos não alimentícios registraram uma leve queda de 0,05%. Cinco áreas apresentaram queda nos preços, com São Luís liderando a redução devido à diminuição nos preços da gasolina, enquanto o Rio de Janeiro se destacou com uma variação positiva, impulsionada pela alta na taxa de água e esgoto.
Esses indicadores oferecem uma visão abrangente das pressões inflacionárias no Brasil, evidenciando a necessidade de políticas econômicas cuidadosamente adaptadas para atender às diferentes realidades e necessidades da população. A análise detalhada dos dados continua sendo fundamental para uma compreensão mais completa e precisa do panorama econômico nacional.
Fonte: IBGE
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