No cenário dinâmico do mercado imobiliário brasileiro, as incorporadoras que haviam manifestado interesse em ingressar na bolsa de valores aguardam ansiosamente a abertura da janela para retomar suas movimentações. Com um olhar voltado tanto para o programa Minha Casa Minha Vida quanto para o segmento de alto padrão, essas empresas visam o mercado de capitais como uma fonte crucial para financiar sua expansão e projetos futuros.
De acordo com estimativas no mercado financeiro, cerca de 10 empresas têm potencial para realizar uma oferta inicial de ações (IPO) ou uma oferta subsequente de ações (“follow-on”), com a movimentação de aproximadamente R$ 4,5 bilhões, segundo fontes consultadas pelo Valor. No entanto, as expectativas apontam que essas ofertas só devem ganhar força no segundo semestre deste ano.
O ambiente macroeconômico, tanto no Brasil quanto no exterior, desempenha um papel crucial nesse cenário. Pedro Costa, responsável pela área de mercado de capitais do Santander, destaca a importância de mais cortes na taxa de juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, como um fator determinante para o sucesso dessas operações. O adiamento do corte nos juros nos EUA, previsto inicialmente para março, agora foi projetado para maio, o que afeta diretamente o planejamento das incorporadoras.
Entre as empresas que despontam como potenciais candidatas para a oferta pública de ações, destaca-se a Pacaembu, que concentra suas atividades na construção de casas para o segmento econômico, ligado ao programa Minha Casa Minha Vida. Com um crescimento expressivo em lançamentos e lucratividade, a Pacaembu emerge como uma líder potencial nesse movimento.
No entanto, não são apenas as empresas voltadas para o segmento econômico que estão de olho no mercado de capitais. Grandes incorporadoras dedicadas ao médio e alto padrão, como You, Inc., Yuny, Kallas e Patrimar, também demonstram interesse em explorar essa via de financiamento para impulsionar seus negócios.
O processo de IPO, no entanto, não é isento de desafios. O “valuation”, ou seja, a valoração das empresas, tem sido um ponto de atrito, com uma discrepância entre as expectativas dos controladores e o que o mercado está disposto a oferecer. Além disso, o desempenho irregular de algumas empresas listadas após o IPO tem gerado cautela entre os investidores.
Apesar dos obstáculos, a perspectiva é de que o mercado de capitais brasileiro se fortaleça no segundo semestre, impulsionando não apenas as incorporadoras, mas também empresas de outros setores a seguirem o caminho da abertura de capital. O otimismo persiste, embora os primeiros meses de 2024 tenham sido marcados por retiradas volumosas de investimento estrangeiro. O segundo semestre pode ser um divisor de águas, dando vida aos planos de expansão e consolidação das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional.
Redação VGV com informações do Valor Econômico
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