URGENTE! O Comitê de Politica Monetária do Banco Central – COPOM – acaba de decidir mais uma vez pela manutenção da SELIC, considerada a taxa básica de juros da nossa economia, em 13,75% ao ano.
Esta decisão veio em linha com o que o mercado de uma forma geral já esperava e a expectativa é de que a Selic permaneça neste patamar pelo menos até meados de 2023. Vale ressaltar que esta foi a primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central e também a primeira já com o Brasil sob novo comando no Governo Federal.
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Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mantém Selic em 13,75%
De acordo com a ata divulgada após a reunião, o Banco Central segue observando riscos de uma possível recessão na economia dos Estados Unidos e também segue atento às incertezas sobre o comportamento da inflação no Brasil. Sobre este último aspecto, o boletim Focus do próprio Banco Central mostrou em sua última edição projeção de alta para a inflação brasileira, um sinal claro de que devemos conviver com Selic em patamares elevados ainda por um bom tempo. Soma-se a isso algumas incertezas com relação à condução da política econômica e fiscal por parte do novo Governo que, inclusive, já criticou publicamente a independência do Banco Central e o seu rigoroso aperto monetário para conter a inflação.
Impacto da SELIC em 13,75% a.a. no mercado imobiliário
Para o mercado imobiliário, Selic alta significa de certa forma menos negócios acontecendo na proporção que poderiam acontecer, haja vista que a taxa está diretamente ligada ao custo do crédito, o que afeta tanto incorporadoras e construtoras que precisam de crédito para financiar suas obras e operações, quanto o cliente final, que terá que conviver com taxas de juros praticadas pelos bancos no financiamento imobiliário nos patamares atuais por mais tempo ou, eventualmente, até alguma correção futura para cima.
Aperto monetário
Principal instrumento para o controle da inflação, a Selic está no ponto mais alto desde janeiro 2017. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.
Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março de 2021, até atingir 13,75% ao ano em agosto de 2022.
O que é a Taxa Selic? O que significa Taxa Selic?
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, causando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas seguram a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
*Com informações da Agência Brasil