O cenário habitacional brasileiro está prestes a receber um impulso significativo com a iminente regulamentação do FGTS Futuro, uma medida que promete flexibilidade e acessibilidade ao crédito imobiliário. Em declarações recentes, Hailton Madureira, Secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, anunciou que o FGTS Futuro está na fase final de regulamentação e deve ser aprovado na reunião do conselho curador em fevereiro ou março.
O novo mecanismo permitirá que trabalhadores utilizem créditos futuros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagar parte das prestações ou amortizar estoque de financiamento habitacional. Essa flexibilidade será aplicada exclusivamente à faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), abrangendo famílias com renda de até R$ 2.640.
“O FGTS Futuro vai trazer novas famílias para dentro do crédito imobiliário”, afirmou Madureira durante um evento do UBS. Ele enfatizou que o governo tem trabalhado para reduzir travas do FGTS sem comprometer sua sustentabilidade, ressaltando que o fundo cresceu mesmo com as mudanças implementadas.
Além do FGTS Futuro, Madureira destacou outras prioridades para 2024, incluindo a implementação do Fundo de Garantia da Habitação Popular (FGHab), com aproximadamente R$ 800 milhões destinados à renda informal. Esta medida tem o potencial de incluir 100 mil famílias que atualmente enfrentam dificuldades para financiar seus imóveis.
Outra iniciativa relevante é a expansão do Minha Casa, Minha Vida Cidades, que visa parcerias do governo federal com Estados e municípios para oferecer subsídios. Essa expansão, direcionada a famílias com renda mensal de até R$ 8 mil, pode reduzir a entrada ou prestações do financiamento.
Rodrigo Wermelinger, diretor-executivo de Habitação da Caixa, afirmou que o MCMV Cidades é uma operação segura do ponto de vista do crédito, proporcionando maior flexibilidade para as famílias de baixa renda. Ele destacou que a Caixa dará suporte à estratégia do governo de retomada do MCMV para a baixa renda, assegurando que a inadimplência está controlada.
Com o orçamento para o MCMV dobrado em relação a 2023, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva planeja acelerar as contratações em 2024, não apenas para o público de renda mais baixa, mas também para a classe média. Em meio a um ano eleitoral, as ações visam reaquecer o setor habitacional e proporcionar moradia digna a uma parcela ainda maior da população brasileira. O mercado imobiliário se prepara para um período de transformação e oportunidades.
Fonte: Valor Econômico
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