Imóveis de luxo e altíssimo padrão seguem se destacando no Brasil e registram expressiva alta em lançamentos. Confira o que está por trás deste movimento.
Um mercado em constante movimento e que parece desconhecer crises. Este é o retrato do nicho das propriedades de altíssimo valor no Brasil. Enquanto os imóveis econômicos e de médio padrão apresentaram altos e baixos recentes no país, os imóveis de luxo e alto padrão se destacaram e apresentaram números recordes, especialmente no período de pandemia.
Com tamanho apetite por parte dos compradores e com a baixa disponibilidade de imóveis desta natureza, era de se esperar que as incorporadoras começassem a preparar novos lançamentos para reabastecer o mercado, o que de fato ocorreu.
Como está o mercado de lançamentos de imóveis no Brasil?
De acordo com um estudo feito pela Brain Inteligência Imobiliária, o volume de lançamentos de imóveis de luxo e super luxo apresentaram uma alta de 39,2% no primeiro semestre deste ano no Brasil. Este número equivale a R$ 2,4 bilhões de VGV (veja o que significa VGV) se somarmos o valor de todas estas novas unidades colocadas no mercado.
Fato curioso é que este resultado vai na contramão do mercado de uma forma geral. Se excluirmos os imóveis de luxo dentre todos os lançamentos que foram feitos, o mercado de lançamentos apresentou uma queda de 18,5%, colocando o equivalente a R$ 31 bilhões em VGV no mercado.
Onde estão os lançamentos de imóveis de luxo no Brasil?
Este é um outro fato interessante de se observar. No passado, era comum associarmos imóveis de luxo e alto padrão a locais como São Paulo e Rio de Janeiro, que concentravam boa parte da riqueza do país. No entanto, já faz um bom tempo que o eixo da riqueza no Brasil se deslocou e hoje temos um mercado para estes imóveis muito mais fragmentado.
Não por acaso, o estudo demonstrou que o maior número de lançamentos destes imóveis de alto valor está na Região Norte do Brasil, totalizando 55,2% dos novos empreendimentos. No geral, regiões que têm suas economias baseadas no agronegócio têm se beneficiado de forma expressiva e apresentado excelentes números no mercado imobiliário.
Por que os imóveis de luxo vendem tanto, mesmo quando o mercado imobiliário em geral parece reduzir o ritmo?
Primeiramente é importante comentar o motivo da queda que houve nos lançamentos de imóveis econômicos e de médio padrão de uma forma geral. Desde o ano passado, com a proximidade de uma eleição que se mostrou extremamente polarizada por dois candidatos com visões bem distintas sobre a condução da política econômica, muitas pessoas optaram por adiar os planos de compra do imóvel próprio.
Com isso, muitas incorporadoras optaram também pela cautela na hora de colocar novos produtos no mercado até que seus estoques fossem absorvidos de uma forma mais contundente, enquanto observavam os rumos para a economia do país. Somado a isso, os imóveis econômicos sofreram com um expressivo aumento dos custos, muitas vezes inviabilizando o negócio para as incorporadoras que optaram por focar em outros segmentos.
Só que quando falamos em imóveis de luxo e alto luxo, existe uma peculiaridade: em muitos mercados (especialmente do Brasil regional, onde o agronegócio é forte) a demanda é tão grande que muitas vezes até supera a oferta disponível. Famílias com alto poder aquisitivo, clientes extremamente exigentes e com poder de compra que não se abala mesmo diante dos entraves que a economia do Brasil sazonalmente nos apresenta seguem movimentando o mercado.
Vale lembrar que neste nicho o cliente geralmente compra com patrimônio e não com renda, ou seja, não é dependente de um fluxo de receita mensal para conseguir pagar uma prestação… ele já tem capital suficiente para uma compra à vista ou rendimentos e dividendos que suprem o necessário para honrar o compromisso.
Como aproveitar este bom momento e lucrar com os imóveis de alto padrão e luxo?
A boa notícia é que existe um mercado muito grande para ser explorado, porém atende-lo não é para qualquer um. Muitas empresas se frustram ao tentar surfar esta onda e acabam não tendo os resultados comerciais que desejam. O motivo para isso, na maior parte das vezes, é o mesmo: a falta de entendimento de quem é esse cliente e o que ele valoriza.
Não por acaso, vemos “grandes incorporadoras de São Paulo”, por exemplo, tentando “atender o grande mercado agro” mas não chegam nem perto de conseguir incomodar os players locais, composto por incorporadoras regionais que entendem com clareza tudo o que um cliente desse quer em um projeto desta magnitude.
Se você é dono de incorporadora e quer desenvolver empreendimentos para este nicho de mercado, vou te dar três dicas:
1) Seja humilde
Observe e escute com muita atenção seu potencial cliente, fale a sua língua e valorize o que ele valoriza (na maior parte das vezes não é “o luxo ostensivo inspirado nos palacetes de Dubai”, como ocorre em muitos mercados, mas pode ser a própria natureza, fauna e flora local da região a qual tem muito orgulho).
2) Invista no relacionamento
Para o cliente de alto luxo, o relacionamento é mais valioso do que aquela maquete de 4 metros de altura que quase não cabe no plantão, ou aquele vídeo que você pagou uma fortuna para produzir. Este cliente não se seduz facilmente, mas gosta de saber o que está comprando e de quem está comprando.
3) Me chame!
Por mais de 15 anos temos desenvolvido produtos imobiliários que se tornaram ícones em suas regiões e atingiram expressivos sucessos comerciais com muito estudo, dedicação e respeito aos mercados onde cada lançamento se situa. O Grupo VGV é um ecossistema de informações e serviços focados em incorporadoras que pode te ajudar nesta missão, basta entrar em contato com o meu time através desta página e marcar um café. Terei prazer em compartilhar cases do que temos feito por aí.
Para finalizar…
Em resumo, o nicho de imóveis de luxo e alto luxo vai muito bem, obrigado. Ao que tudo indica, deve permanecer assim. Enquanto o Brasil seguir o seu protagonismo global exportando o que temos de mais valioso para o mundo (em especial alimentos) e enquanto a tecnologia favorecer para que tenhamos maior produtividade, safras recordes, otimização de recursos naturais, redução de custos e aumento de lucros, nada parece parar fácil este mercado.