Foto Ivan Bandura
A crescente industrialização está transformando os tradicionais canteiros de obras, à medida que construtoras buscam maneiras de aumentar a produtividade e reduzir os prazos de entrega. O cenário reflete uma mudança importante no mercado imobiliário, impulsionada pela necessidade de atrair trabalhadores qualificados, especialmente das novas gerações, para um setor historicamente associado a condições de trabalho desafiadoras.
Com a falta de mão de obra e o desinteresse dos jovens por trabalhos considerados insalubres, as construtoras estão adotando processos industrializados para tornar o ambiente de trabalho mais atraente e eficiente. Um exemplo é o edifício Skyline Tower, em Balneário Camboriú (SC), que adotou métodos industrializados, como o uso de “drywall” e fachadas pré-fabricadas, resultando em uma redução significativa no número de trabalhadores no canteiro e uma diminuição no tempo de obra.
Outra empresa pioneira nesse movimento é a Tecverde, especializada em estruturas de madeira. Cerca de 85% do trabalho da Tecverde é realizado em fábrica, o que não apenas acelera o processo de construção, mas também reduz a rotatividade dos funcionários. Um exemplo recente dessa abordagem é a construção de 518 moradias em São Sebastião (SP), para os afetados pelas chuvas, que foram concluídas em tempo recorde.
Essas iniciativas estão sendo incentivadas não apenas pela necessidade de aumentar a produtividade, mas também pela demanda por métodos construtivos mais rápidos e sustentáveis. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), por exemplo, lançou um edital para contratar 15 mil moradias que utilizem métodos construtivos mais eficientes.
Apesar dos desafios, como a tributação diferenciada para obras industrializadas e a necessidade de investimentos em tecnologia, os líderes do setor acreditam que a industrialização é o caminho para o futuro da construção civil no Brasil. Com a expectativa de crescimento contínuo da demanda por habitação e infraestrutura, a adoção de métodos construtivos industrializados pode não apenas resolver os problemas de mão de obra, mas também impulsionar a eficiência e a sustentabilidade do setor.
Diante do déficit habitacional de 6 milhões de casas calculado pela Fundação João Pinheiro, a modernização dos canteiros de obras torna-se uma prioridade urgente, não apenas para as construtoras, mas também para a economia como um todo.
Redação VGV com informações do Valor Econômico
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