Segundo corretores da cidade, procura por imóveis tem aumentado e sinaliza para um 2018 com menos dificuldades na área
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos e as vendas de imóveis residenciais devem crescer aproximadamente 10% no país, em relação ao ano passado. Diante disso, o “Periscópio” esteve em contato com alguns corretores de imóveis do município para saber como está a atual situação e as expectativas no mercado imobiliário ituano para este ano.
Após três anos de estagnação, Carlos Menchini vê o mercado em Itu com otimismo para 2018. “Nós estamos sentindo uma pequena melhora. Eu acredito que, para esse ano aqui, promete. Desde 2014 estamos parados, engatinhando. A gente tem uma perspectiva de que o mercado, pelo menos se não ‘bombando’, volte ao normal dele”, relata.
Menchini comenta que se ainda não existem muitos “negócios fechados”, a procura é maior. “Esse ano está melhor do que o ano passado. Em matéria de consulta, estamos observando mais. Não tem tantos fechamentos, mas estamos tendo maior procura, coisa que não estávamos mais sentindo e hoje a gente já sente. A movimentação está 40% maior em relação aos últimos anos, ao primeiro bimestre”, relata.
A corretora Rosiris Bernardi acredita que, em termos de crise, o pior já tenha passado, tendo ainda boas perspectivas. “Esse primeiro bimestre a gente ainda não tem muita sensação de crescimento, mas a gente tem uma sensação de movimentação. Nós passamos por dois longos anos de crise, tanto o mercado imobiliário quanto qualquer outro mercado desse país. Todos os mercados estagnaram. Vamos ter excelente 2018 se compararmos com 2016, 2017, porque foram anos muito ruins. Vai ser ótimo”.
Para Rosiris, um crescimento do mercado se dará com maior força quando melhor explorado. “Precisamos explorar mais os municípios, pois a riqueza não está lá em Brasília, não está no Estado de São Paulo, a riqueza está nos municípios. A gente vai aproveitar a onda de otimismo da cidade com relação a nova administração, com isso as empresas vão voltar a acreditar em Itu. E se isso realmente acontecer, isso reflete diretamente no mercado imobiliário, pois as pessoas virão para Itu”.
O corretor Luiz Roberto Ramalho vê uma recuperação do mercado, mas acredita que para uma melhora real é preciso ajustar alguns pontos. “Está melhor a situação, está havendo movimentação no mercado, mas tem que haver recuperação da economia e do emprego para a pessoa voltar a ter confiança para investir”.
Ramalho, porém, credita parte da estagnação do setor ao Programa Minha Casa Minha Vida. “Esse Programa é muito bom mesmo para a questão social, mas está causando um desequilíbrio no mercado. Aqui em Itu, por exemplo, estão tendo muitas ofertas do gênero e o preço cai, com as pessoas tendo uma melhor opção. Com isso, pessoas que compravam imóveis para investimentos, até mesmo para o filho, acabam optando por essas construções”, relata.
O corretor explica ainda que o Minha Casa Minha Vida afeta o profissional. “O corretor também deixa de ganhar, pois em locais como esse há o plantão de vendas, com os corretores de lá ganhando uma taxa inferior na venda. Além disso, o cartório também não lucra com o registro do imóvel”, explica.
Luiz Roberto afirma que a ação de investidores em Itu não caiu, com uma estagnação apenas em negociações envolvendo imóveis antigos. “O que está se construindo na cidade, está sendo vendido, imóvel novo está vendendo bem, o antigo é que está um pouco encalhado. As pessoas estão optando por imóveis menores e de menor valor”.
O “Periscópio” questionou a Prefeitura de Itu em relação as construções iniciadas na cidade, nos últimos 12 meses, com a Secretaria de Obras fornecendo os seguintes números: 2017 – janeiro (84 construções), fevereiro (82), março (14), abril (68), maio (89), junho (90), julho (60, agosto (99), setembro (105), outubro (174), novembro (74), dezembro (139); 2018 – janeiro (90) e fevereiro (74).
Fonte: http://jornalperiscopio.com.br/site/itu-registra-crescimento-na-movimentacao-imobiliaria/
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