Foto de Vinicius “amnx” Amano
No cenário econômico brasileiro, as perspectivas para o primeiro trimestre de 2024 trazem boas notícias para o mercado de trabalho. Uma pesquisa exclusiva realizada pelo ManpowerGroup revela que 48% das empresas no Brasil planejam contratações nos próximos meses. Os setores mais otimistas incluem saúde e ciências da vida (46% das organizações do segmento pretendem admitir), tecnologia da informação (45%), finanças e imobiliário (42%), além de energia e serviços de utilidade pública (36%).
Os dados, obtidos com exclusividade pelo Valor, foram extraídos de uma pesquisa realizada em outubro de 2023, ouvindo 1.050 empregadores em território nacional, a maioria (26%) com 250 a 999 funcionários. Estados como Paraná (33%), São Paulo (31%), Rio de Janeiro (30%) e Minas Gerais (28%) lideram as intenções de contratação.
De acordo com Nilson Pereira, country manager no ManpowerGroup Brasil, embora a notícia seja promissora, os desafios para as lideranças são evidentes. “A maioria, ou 80%, das organizações relata dificuldades em encontrar os talentos necessários, um índice superior à média global de 75%. Isso ressalta a necessidade de revisitar estratégias de atração, retenção e desenvolvimento de pessoas para preencher a lacuna entre a oferta e a demanda de profissionais qualificados”, alerta Pereira.
Crescimento Brasileiro em Comparação Global
Ao analisar a amostra global da pesquisa, que entrevistou 40.077 empregadores em 41 países e territórios, o Brasil destaca-se como o 10º país com maior intenção de contratação. Essa posição representa um salto significativo de quatro posições em relação ao primeiro trimestre de 2023, conforme destaca Pereira, mencionando pesquisas anteriores do ManpowerGroup.
Desafios e Recomendações para Profissionais e Empresas
Com o mercado aquecido e a competição por talentos acirrada, o executivo recomenda maior planejamento tanto para empresas quanto para profissionais em busca de recolocação. Ele ressalta a importância do “lifelong learning” (aprendizado contínuo) e a necessidade de os profissionais estarem abertos não apenas a adquirir habilidades técnicas, mas também comportamentais.
Para os empregadores, Pereira sugere foco em treinamento e incentivos ao aprendizado constante, além de repensar políticas de remuneração, flexibilidade e benefícios. Ele enfatiza a importância de avaliar o potencial de aprendizagem do candidato, indo além das competências já adquiridas.
Em meio às transformações aceleradas nos negócios, Pereira conclui: “Mais do que nunca, devemos assumir uma postura de eternos aprendizes, pois as transformações nos negócios seguirão aceleradas nos próximos anos.”
Diante desse cenário, tanto empresas quanto profissionais podem encontrar oportunidades estratégicas ao alinhar suas estratégias de contratação e desenvolvimento pessoal com as demandas do mercado em constante evolução.
Fonte: Valor
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