As vendas de imóveis, que vinham seguindo um ritmo crescente e batendo recordes atrás de recordes, começam a perder força e iniciam um processo de desaceleração. Pelo menos é o que mostra recentes matérias de veículos como Valor Econômico e O Estado de São Paulo, considerando os balanços divulgados pelas principais incorporadoras com ações listadas na B3.
Porém, apesar dessa desaceleração, o ritmo ainda é de alta - embora seja uma alta mais moderada e inferior ao número de novas unidades lançadas.
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Desaceleração na venda de imóveis
Na opinião de Bruno Lessa, diretor do Portal VGV, esta desaceleração não significa necessariamente que o mercado imobiliário perdeu força ou que vai iniciar um movimento contrário ao que vinha apresentando, mas deve sim começar um momento de estabilização. “Todos os fundamentos que fizeram o mercado imobiliário decolar ainda permanecem, como a elevada demanda e as taxas de juros para o consumidor final ainda num patamar considerado baixo se formos analisar o histórico brasileiro”, comenta Bruno Lessa. “No entanto, o que tem promovido a desaceleração é o aumento no valor dos imóveis, especialmente nos lançamentos, que tiveram suas tabelas corrigidas devido ao elevado aumento dos custos de construção. O que veremos a partir de agora é um movimento de estabilização”, complementa.
Projeções para o futuro
De acordo com Lessa, só depois de confirmada a estabilização é que saberemos mais precisamente qual o próximo movimento do mercado. “O que eu diria para todos os empresários e profissionais do mercado imobiliário, assim como para as pessoas que querem comprar um imóvel, é que analisem com muita atenção todas as variáveis e tomem decisões com mais cautela. Temos que lembrar que teremos fatores externos que ainda podem impactar o mercado, como os próximos movimentos das taxas de juros - que estão diretamente ligados à inflação - e o ano eleitoral que está por vir. O momento é de cautela… ação, mas com cautela”, finaliza.
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