O COPOM - Comitê de Politica Monetária do Banco Central, acabou de elevar a SELIC, que é a taxa básica de juros da nossa economia em 1,5%, levando a taxa que era de 9,25% ao ano para 10,75% ao ano. Esse é o maior valor da SELIC desde maio de 2017.
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Esse aumento, embora esteja alinhado com o previsto pelo próprio COPOM na última reunião, é sempre alarmante por suas causas e neste caso, estamos falando - DE NOVO - dela: a inflação!
Lembrando que quando falamos de inflação temos que considerar tanto os fatores globais, aumento persistente das commodities, expectativas de preços, excesso de liquidez, enfim… fatores que a gente não tem um controle direto, quanto também os fatores internos, domésticos, como questões fiscais e caminhos escolhidos pelos nossos próprios governos.
E isso impacta diretamente o mercado imobiliário, conforme explica Bruno Lessa, diretor do Portal VGV e fundador do canal Antes das Chaves: “O setor imobiliário é muito dependente de crédito, tanto na parte produtiva quanto principalmente na parte compradora… E como a SELIC está ligada ao custo de crédito, digamos assim, sempre que a taxa sobe o custo do crédito fica mais alto, e isso pode motivar os bancos a corrigirem suas taxas praticadas para o consumidor final, conforme vimos acontecer algumas vezes recentemente. Claro que esse movimento ele não é imediato, automático, porém os bancos vão avaliando muitos fatores para compor a sua taxa de juros para o consumidor final, como o custo do crédito, potencial de inadimplência, lucratividade, dentre outros fatores”, afirmou.
Em resumo, com o crédito custando do mais alto, as taxas de juros para financiamento imobiliário também podem ficar mais altas. E com taxas de juros mais altas, o financiamento fica acessível a uma parcela menor da população e consequentemente podemos ver uma desaceleração no avanço da venda de imóveis. “Não necessariamente vou dizer que a venda vai parar ou reduzir, afinal estamos diante de uma grande demanda imobiliária, mas certamente veremos no mínimo uma expansão em ritmo muito menor do que temos visto nos últimos tempos”, acredita Lessa.
A expectativa para a próxima reunião do COPOM continua alta, muito embora o comitê tenha sinalizado na sua ata que o ritmo de alta deve ser menor. Enquanto a inflação persistir, esse remédio amargo deverá ser ministrado. Há quem diga, inclusive, que podemos atingir um patamar na casa de 11 a 12%. Aqui no Portal VGV seguiremos acompanhando e trazendo novidades para você.
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