Palestra Mara Behlau e Marisa Barbara - Comunicação de sucesso em tempos de mudança
O ser humano comunica-se, desde o nascimento, por meio do choro, em frequência de 240 Hertz. A dor e o prazer manifestam-se em frequências diferentes, logo percebidas pela mãe. A comunicação profissional, no entanto, exige dosagem e estrutura. Movimentos, tom de voz, pausa, olhar, expressão facial, tudo é comunicação. Com base na neurociência, Mara e Marisa comentam dez interessantes dicas para a comunicação de sucesso.
1. É impossível não se comunicar. A comunicação é ferramenta da sobrevivência, e todos podem ser comunicadores. Quem não o é por natureza, pode ser treinado para sê-lo.
2. Nosso cérebro é social. O cérebro é formatado para trabalhar em rede. O tempo todo captamos e enviamos informações por meio dele. Somos seres superiores graças ao cérebro. A sobrevivência depende da comunicação, mas é preciso dosá-la. O mau comunicador afasta interlocutores.
3. O poder da comunicação. Frases curtas, como “eu te amo”, mesmo ditas a distância ou escritas, causam forte impacto. Alteram o batimento cardíaco, a respiração, e até o metabolismo do receptor da mensagem. O odor, expressão corporal, sons vocais, toque, olhar, tudo comunica. Só os humanos usam palavras. É uma imensa vantagem. Mas a comunicação eficiente depende das palavras certas.
4. Consciência na comunicação. Seja consciente ao escutar e falar. Escutar com consciência é escutar além das palavras. O bom comunicador é, sobretudo, bom ouvinte. A mensagem recebida, verbal, escrita ou gestual, é imediatamente processada pelo cérebro.
5. A comunicação pode ser comprometida por ruídos. Ruídos externos são os que podemos ouvir, num canteiro de obras, por exemplo. Os internos, podem ser a experiência de vida, a cultura, a emoção, o humor, o interesse, os vieses, os boatos; tudo influencia a comunicação. É importante prestar atenção ao que se ouve. Atitudes corretas dependem disso.
6. Extrovertido x introvertido. Pessoas extrovertidas comunicam muito rápido. O interlocutor não consegue processar. Prejudica negociação. O introvertido, ao contrário, em geral é ótimo observador e pensa antes de falar. A comunicação lenta, entretanto, pode estressar o interlocutor e atrapalhar o negócio. O melhor é combinar as duas. O ideal é ser ambivertido.
7. Foco, contexto e interlocutores. Bom comunicador é bom ouvinte. Ao falar, é preciso focar no que é mais importante. Selecionar o texto de acordo com o contexto do interlocutor é fundamental.
8. Seja assertivo. Ser elegante e educado é muito bom, mas ir direto ao ponto é indispensável. Evitar divagações. Em comunicação, prolixo é sinônimo de “para o lixo”. Excesso de informação confunde. Informar só o essencial. Quem deve dosar a informação é o receptor, não o informante.
9. Canal de comunicação adequado. Canais ricos manejam diversas saídas de informações: palavras, tom de voz, expressão facial. Entretanto o melhor canal é o presencial. Os canais pobres oferecem apenas uma ou duas saídas. Mensagens de pouca importância podem ser passadas por meio de canais pobres. Porém mensagens mais complexas precisam de canais ricos.
10. Empatia na diversidade. Empatia é a capacidade de colocar-se no lugar do interlocutor para melhor compreendê-lo. No mundo atual, quem vende tem de saber lidar com tanta diversidade: religiosa, racial, sexual, de cor... Para isso, tem de ser necessariamente empático!
João Teodoro da Silva
Presidente – Sistema Cofeci-Creci – 07/MAI/2021
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