Imóveis ‘verdes’ já nascem com soluções para sustentabilidade - por Renata Marques
Publicado em 01 de Setembro de 2010
Construtoras concebem plantas e buscam saídas para adequarem seus empreendimentos à economia dos recursos naturais.
Em sintonia com o pensamento de reduzir o impacto ambiental e garantir assim o futuro do planeta, as incorporadoras e arquitetos estão cada vez mais empenhados em buscar técnicas e soluções que viabilizem a sustentabilidade nos empreendimentos.
Investimentos em mudanças como o reúso de águas pluviais para a irrigação de jardins, passando pela escolha das especificações mais adequadas de materiais para revestimento; até a implantação de soluções técnicas no sentido de reduzir o impacto do uso do ar-condicionado, e aquecimento solar através de placas, para gerar não só uma economia significativa para os moradores, como também como uma fundamental ajuda ao futuro do planeta.
Existem muitas técnicas e sistemas que, incorporados à estrutura dos imóveis, permitem um melhor aproveitamento das fontes de água e energia, por exemplo, além de uma redução na emissão de lixo e poluentes.
Soluções inteligentes como a captação da água das chuvas para irrigar os jardins ou a escolha da especificação mais adequada dos vidros, podem ser cruciais para reduzir o consumo de água e energia.
O tratamento da água do esgoto para reúso é outro ator importante a se considerar para poupar o consumo. Esta é uma medida muito eficaz e necessária, mas pouco aplicada efetivamente. Existe a necessidade de ter uma dimensão maior de shaft, devido ao aumento da tubulação para viabilizar esse processo. Por esta razão é uma técnica rara entre as construções brasileiras.
Mais uma iniciativa que esta sendo incorporada aos condomínios pelas construtoras é a previsão de medição de água individual. Isso faz com que o usuário seja mais comedido no gasto desnecessário de água. As pessoas sentem-se mais inibidas para gastar água desnecessariamente.
Coleta seletiva em apartamentos demanda atenção especial
Os edifícios residenciais e comerciais têm enfrentado dificuldades para realizar a coleta seletiva de lixo. Na maioria das vezes a estrutura dos imóveis não apresenta espaço suficiente e adequado tanto para a captação separada do lixo, quanto para a triagem e limpeza do material. Quando um prédio é concebido, deve ser pensado qual destino será dado ao lixo produzido ali. Nos novos empreendimentos em Brasília e no Rio de janeiro, por exemplo, é obrigatória a existência de uma área para o lixo no hall de serviço.
As construtoras já atentaram para essa nova necessidade e, atualmente, destinam uma área para captação e triagem dos resíduos. O caminho que o lixo percorre dentro do condomínio até seu reaproveitamento ou eliminação é cuidadosamente pensado para que seja um processo sem contaminação e eficiente.
Oi Renata, Você não falou sobre a coleta seletiva. Existe algum plano para implanta-la na construção civil de forma consciente e eficaz? Não estou falando de lixeirinhas coloridas espalhadas pelo jardim mas sim de alguma solução que chegue no andar do morador). Sei que ainda não há uma um sistema urbano que contemple a destinação do lixo coletado de forma seletiva, mas não seria uma boa tomarmos a iniciativa? Obrigado pela atenção! Milton Paolini