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Lançamento de imóveis na capital paulista cresce 114% em agosto


LANÇAMENTO DE IMÓVEIS NA CAPITAL PAULISTA CRESCE 114% EM AGOSTO

Resultado foi o melhor do ano, com 3.430 unidades lançadas. Desempenho de comercialização se manteve em alta no mês, que teve como destaque a venda imóveis de três e dois dormitórios

O mês de agosto registrou o maior número de imóveis residenciais lançados na capital paulista neste ano. Foram 3.430 unidades, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o que significa crescimento de 114% em relação a julho (1.603 unidades). Imóveis de três e dois dormitórios se destacaram no período, com 1.311 e 1.160 unidades, respectivamente, seguidos pelos de quatro ou mais dormitórios (516) e os de um quarto (443). O total acumulado em oito meses, de 13.183 unidades, ficou inferior ao de igual período de 2008 e 2007 - anos que, sabidamente, não podem servir de parâmetro para comparação. Porém, o resultado é superior aos registrados nos anos de 2006 (13.175 unidades), 2005 (12.550 unidades) e 2004 (11.556 unidades).

Comercialização em alta
Pesquisa realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP mostra que 2009 tem se caracterizado, principalmente, por vendas mensais em patamares superiores aos de lançamentos. Em agosto, o cenário não se mostrou diferente.

O levantamento apontou um total de 3.578 unidades vendidas, com alta de 71% em relação ao mês anterior. Os imóveis mais comercializados foram os de três e dois dormitórios, o que pode ser explicado pelas vantagens existentes para financiar imóveis nesta faixa de valor. Números da Abecip indicam previsão de financiamento habitacional de R$ 51 bilhões para este ano, considerando recursos do SBPE e do FGTS, o que corresponde a aumento de 27,5% em relação a 2008, quando o total foi equivalente a R$ 40 bilhões.

De acordo com a pesquisa do Secovi-SP, as vendas ficaram divididas da seguinte maneira: 1.602 unidades de dois dormitórios, 1.250 de três dormitórios e 678 de quatro ou mais dormitórios.

No acumulado de janeiro a agosto, as vendas totalizaram 20.038 unidades, número inferior somente ao do ano passado, quando foram comercializados 25.920 imóveis. "É importante sempre lembrar que, em 2008, este era um período anterior à crise mundial", reforça Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato, citando resultados de vendas referentes aos mesmos oito meses de 2007 (19.460 unidades), 2006 (17.589 unidades), 2005 (14.609 unidades) e 2004 (11.804).

Desempenho de vendas
O VSO (Vendas Sobre Oferta), indicador que mede o desempenho de vendas de unidades residenciais na cidade de São Paulo, ficou em 22,7% no oitavo mês do ano. O índice resulta da divisão de 3.578 unidades comercializadas mês no período pelo total de unidades em oferta (15.780). A oferta é a soma de 3.430 imóveis lançados no mês mais 12.350 unidades já disponíveis. No ano, o VSO médio do ano atingiu 14,3%.

O lançamento de um empreendimento imobiliário envolve grande esforço de marketing das empresas, principalmente nos primeiros seis meses, o que é compensado por um maior desempenho das vendas neste período.

A Pesquisa Secovi do Mercado Imobiliário apurou que, em agosto, os empreendimentos na fase de lançamento tiveram VSO de 48,5%, contra 8,4% daqueles que se encontravam no Pós-Lançamento. Foi o segundo melhor índice para o período registrado desde 2004, ano que marca o início dessa série. "Este resultado indica que o mercado tem desenvolvido e colocado produtos adequados aos anseios do consumidor", analisa Petrucci.

Economia e perspectivas
O cenário econômico atual é marcado pelo bom desempenho dos indicadores macroeconômicos: a inflação oficial medida pelo IPCA/IBGE apresenta variação de 4,34% no acumulado de 12 meses (outubro de 2008 a setembro de 2009); e o emprego formal, conforme aponta o CAGED/Ministério do Trabalho e Emprego, registrou de janeiro a agosto de 2009 a criação de 680.034 postos com carteira assinada, sendo a construção civil responsável por 151.537 desses novos empregos.

De acordo com o relatório Focus do Banco Central do Brasil, do dia 9 de outubro, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) variou de -0,16% para 0,10% em relação a 2009, e de 4,0% para 4,8% para 2010. Já as perspectivas de inflação se mantêm estáveis em 4,29% e 4,4% nos anos de 2009 e 2010, respectivamente.

Considerações gerais
Agosto pode marcar o retorno à normalidade dos números de lançamentos, que nos últimos meses vinham se mantendo abaixo das vendas. "A economia como um todo tem apresentado bons resultados, o que contribui para a mudança de humor dos empresários brasileiros. Além disso, há que se considerar a proximidade do final do ano quando, historicamente, o mercado se aquece."

Os imóveis de dois e três dormitórios conquistaram importante espaço no mercado. Unidades de dois quartos corresponderam a 47,7% de todos os lançamentos neste ano, uma clara demonstração de que o setor está atento à demanda existente para este tipo de produto - alavancado principalmente pelo programa Minha Casa Minha Vida. "Mesmo sendo difícil viabilizar empreendimentos desse tipo na cidade de São Paulo, devido a diversos fatores, como custo do terreno, coeficiente de aproveitamento dos terrenos e dificuldades na aprovação de novos projetos", observa o presidente do Secovi-SP, João Crestana.

As vendas tendem a permanecer em bom ritmo, confirmando as perspectivas positivas das pesquisas dos meses anteriores. "O cenário econômico aponta para um 2010 melhor do que este ano, o que acarretará em aumento na confiança do consumidor, que na tomada de decisão tende a considerar mais as perspectivas do que as retrospectivas", afirma o presidente.

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