
O resultado significa ainda a recuperação plena do baque sofrido no último bimestre de 2008, quando haviam sido registradas 109.086 mil demissões. Segundo a pesquisa, somente em julho, o crescimento do emprego foi de 1,67% em relação a junho.
Entretanto, os números mostram que o emprego no setor vem crescendo em ritmo menor que no ano passado, em comparação a 2007. Em 2009, a alta é de 6,29% no ano e, em 12 meses, de 5,22%. Já em julho de 2008, esses percentuais foram de 14,79% e de 19,54%, respectivamente. Segundo a FGV Projetos, o saldo líquido mensal das contratações desde o início de 2009, comparado com os mesmos meses de 2008, apesar de positivo, vinha registrando quedas bastante significativas -de 40% a 90%, o pior percentual foi registrado em fevereiro. Em julho, a diferença ficou inferior a 15%, mostrando que as empresas voltaram a aumentar o ritmo de atividades.
"Daqui para frente, o ritmo de aprovações de projetos do Programa Minha Casa, Minha Vida e de contratações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será fundamental para manter o crescimento do emprego no setor", diz o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.
Segundo ele, um dado alentador registrado em julho foi o aumento de 2,25% no número de empregados em atividades de preparação de terreno, o que revela o início da construção de novas obras e, portanto, denota novas contratações nos próximos meses. De outro lado, o emprego no setor de infraestrutura declinou 0,11% em julho.
Em termos percentuais, o emprego na região Norte continua crescendo de forma expressiva: em julho, 16% do saldo líquido foi registrado na região, especialmente nos estados de Rondônia e Pará. Já São Paulo registrou um crescimento significativo no estoque de trabalhadores: foram contratados quase 10 mil trabalhadores, 13% mais que em julho de 2008. Possivelmente a melhora do ambiente está favorecendo o início das obras de lançamentos imobiliários que foram realizados ainda em 2008, antes da crise.
A análise por segmento mostra que a área imobiliária voltou a contratar mais que infraestrutura, invertendo a tendência dos últimos meses. No ano, o crescimento acumulado do emprego até julho é maior em infraestrutura, 8,54%, do que na área imobiliária, 5,47%.
Estado de São Paulo - Na região, a construção civil contratou 9.884 trabalhadores com carteira assinada em julho (+1,59% no mês, acumulando aumentos de 6,53% no ano e de 7,46% em doze meses). Com isso, o número de empregados no setor paulista no fim de julho chegou a 631.095.
Na capital paulista, o ritmo de contratações continua elevado: foram admitidos 6.033 trabalhadores, o que representa um crescimento de 2% no período.
No interior do Estado, o ritmo de crescimento no nível de emprego da construção em julho foi positivo. A alta percentual mais significativa aconteceu em São José dos Campos (+1.430 vagas, aumento de 2,44% em relação a junho), seguida de Campinas (+1.475 vagas, elevação de 2,41%). Em compensação, em Bauru houve queda de 0,79% no mês (-183 postos de trabalho) e em Santos, baixa de 0,42%, com demissão de 99 trabalhadores.
Regiões do Brasil - Em termos percentuais, a Região Norte foi a que registrou maior volume de contratações em julho: +5,64%, equivalente à abertura de 5.687 vagas. Seguem-se as Regiões Nordeste, com crescimento de 2,55% (+9.854 postos de trabalho) e Centro-Oeste (+2,26%, com 3.745 empregos). No Sudeste, a elevação atingiu 1,14%, com a inclusão de 13.866 novos postos de trabalho.
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