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A evolução dos imóveis corporativos na Av. Faria Lima


A Avenida Brigadeiro Faria Lima é um importante centro comercial e financeiro da cidade de São Paulo, com boa infraestrutura de transporte público e fácil acesso às regiões Paulista, Marginal e Berrini, tornando-se um importante reduto de imóveis corporativos dada a sua localização privilegiada e o fácil acesso ao Aeroporto de Congonhas.


A Av. Faria Lima destaca-se como polo de grandes empresas na cidade de São Paulo, possui ótima infraestrutura de serviços, com sedes de vários bancos, grandes escritórios de advocacia e corretoras.


Um pouco de sua história


A abertura dessa começou ainda na década de 1960, na gestão do prefeito José Vicente Faria Lima, e se chamaria Radial Oeste. Recebeu o nome de Brigadeiro Faria Lima em homenagem ao prefeito que faleceu em 1969, um ano antes da inauguração, em 1970.


Em 1966, após a inauguração do primeiro shopping do Brasil, o Shopping Center Iguatemi, começaram a ser desenvolvidos muitos projetos de salas comerciais entre as avenidas Cidade Jardim e Rebouças. No início desta década muitos edifícios comerciais começaram a ser construídos contrastando com a paisagem residencial arborizada. A Faria Lima passou a ser uma espécie de "segunda Avenida Paulista" por conta de seus skylines.


Na década de 70, a Faria Lima era uma avenida com a maior parte de seus edifícios composta de conjuntos comerciais, onde se instalaram pequenas empresas e profissionais liberais.


A partir da década de 90, passou a ser impulsionada para grandes projetos, concentrando os melhores prédios dentro de sua regulamentação urbana. Com a criação do CEPAC (Certificado de potencial Adicional de Construção), houve uma mudança estética da Faria Lima, substituindo-se as edificações de uso residencial (padrão horizontal) por prédios de uso comercial (padrão vertical).


Mas como está a região da Av. Faria Lima para os imóveis corporativos nos tempos atuais?


Entre 2014 e 2016, houve um acréscimo nas taxas de vacância em São Paulo. Já em 2017, os fundos imobiliários focados em lajes corporativas começaram a apresentar um retorno superior ao IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), com melhor desempenho das lajes corporativas classificadas como AAA, que em São Paulo estão situadas no eixo da Brigadeiro Faria Lima até os limites da Berrini, demonstrando sensível melhora nas expectativas para o setor.


Segundo estudos, a tendência é de que os prédios nessa região sejam mais procurados dada a infraestrutura e desenvolvimento do distrito, bem como por concentrar a maior parte das empresas de médio e grande porte.


O que são lajes corporativas?


As lajes corporativas são escritórios grandes destinados para a locação e ocupação de empresas multinacionais, grandes corporações e até órgãos estatais.


Os prédios nesse segmento costumam possuir pavimentos entre 1 e 2 mil metros quadrados, com variações dos aspectos qualitativos classificados entre AAA e C, conforme consenso entre as consultorias especializadas que atestam a qualidade desses imóveis com avaliações que seguem a demanda e os padrões de mercado.


Crise econômica e o boom de novos empreendimentos para imóveis corporativos


Com o prolongamento da crise econômica, o número de imóveis comerciais vazios em São Paulo saltou de 3,56% em 2010 para 17,47% em 2016.


O grande número de espaços vazios reflete o descompasso entre a confiança dos investidores e a evolução da atividade econômica do país.


Muitos prédios que ainda estão vazios começaram a ser construídos em 2010, quando a economia do Brasil caminhava bem e havia crescimento na procura por novos escritórios, com pouca oferta e preços em alta. No entanto, como o tempo médio de construção varia entre 5 a 6 anos, a maior parte desses prédios ficou pronta em pleno período de recessão.

De acordo com analistas do mercado, a previsão é de que a partir de 2018 os preços dos aluguéis comecem a se recuperar com consequente queda das taxas de vacância no segmento de prédios AAA.


Migração entre regiões de imóveis corporativos


Com os registros de aumento na taxa de vacância dos imóveis comerciais nos últimos anos, foram abertas janelas de oportunidade para investimento em lajes corporativas nos principais distritos de escritórios de São Paulo.


No entanto, os primeiros sinais de melhora do setor já identificados e as boas expectativas econômicas para o Brasil nos próximos anos, não significam necessariamente que se deve parar de investir no setor. É possível que a solução esteja em direcionar investimentos para outras categorias de prédios e no desenvolvimento de novas regiões comerciais. Em São Paulo, os imóveis comerciais concentravam-se no centro velho. Depois migraram para a Av. Paulista, em seguida para a Berrini e atualmente estão na Brigadeiro Faria Lima.


A própria oscilação da taxa de vacância também ocorre por conta dessas migrações entre centros comerciais, pois as empresas tendem a seguir o fluxo movimentando-se para os novos núcleos iniciantes.


É importante entender essas tendências de mercado para elaborar o planejamento das companhias, saber onde investir e ajudar os clientes a escolher a melhor opção seja em laje ou em sala comercial.



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