Um estudo realizado pela Loft revela que o mercado imobiliário da cidade segue aquecido, mas com sinais de desaceleração.
Entre agosto e outubro deste ano, a Vila Andrade foi o bairro que registrou o maior número de venda de imóveis na cidade, com 480 unidades comercializadas. No entanto, esse número representa uma queda de 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o bairro registrou 520 vendas.
Em contrapartida, a Santa Cecília aparece como a região com maior crescimento no período, em comparação a 2022. A Santa Cecília saiu de 130 transações entre agosto e outubro de 2022 para 166 no mesmo período deste ano, um aumento de 27,7%. Bela Vista e Ipiranga aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com crescimento acima dos 20%.
“O estudo mostra como a dinâmica do mercado imobiliário é regionalizada. A Santa Cecília cresceu puxada pelos imóveis maiores. Bela Vista e Ipiranga, pelos menores”, analisa o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi.
A afirmação de Fábio é corroborada pelos dados da edição de novembro do Ranking da Demanda Imobiliária que revela que as vendas de apartamentos menores no Ipiranga cresceram 64,2% no período (o segundo maior aumento). Na Bela Vista, o crescimento de transações desses imóveis foi de 38,5%. Enquanto isso, a Santa Cecília teve o terceiro maior crescimento de vendas entre os apartamentos maiores (48%), atrás apenas da Vila Romana e de Pinheiros.
Para Takahashi, a queda registrada no número de transações de diversos bairros simboliza um momento de adaptação do mercado, após um período de aumentos significativos. Pinheiros, por exemplo, sofreu uma queda de 15.7%; Campo Grande de 25.6% e Campo Limpo de 28,3%.
“Pode ser um momento de acomodação. Na dinâmica do mercado imobiliário, se a demanda diminui, melhora o poder de barganha para quem está comprando. De qualquer forma, mesmo com redução, essas regiões ainda estão entre as campeãs de vendas”, defende o executivo.
Fonte: Estadão Imóveis